terça-feira, 24 de março de 2009

“I have doubts. I have such doubts.”

Sister Aloysius Beauvier: May I ask what you are writing down with that ball-point pen?
Father Brendan Flynn: Oh, nothing. It's an idea for a sermon.
Sister Aloysius Beauvier: You have one right now?
Father Brendan Flynn: I get them all the time.
Sister Aloysius Beauvier: How fortunate.
Father Brendan Flynn: I forget them so I have to write them down.
Sister Aloysius Beauvier: What is the idea?
Father Brendan Flynn: Intolerance.



Assisti ao fime Dúvida no domingo.
O que fica em mim são os questionamentos que há tanto trago e que vi ali na minha frente em cenas. Humanidade. Quais certezas fazem com que nos movamos? O que nos impele a lutar por um ponto de vista? Verdades.
A verdade é ali assasinada. Se é que algum dia existiu. Forçamo-nos a inventá-la para suportar nossa própria dúvida quanto. Quanto a quase tudo. Este vazio-sem-resposta traz consigo uma visão menos superficial do que leva o ser humano a.
Na tentativa de evidenciar “lados” e justos julgamentos no decorrer do filme, o espectador se perde. Perde-se nele mesmo porque não há lado. Assim como a tela revela quem está a enxergá-la: sem lados. Apenas gente.
As faces dos atores falam por seus corpos. Olhos acessos contam de sua complexidade, de seu atordoamento, de sua história, de seu amor, mesmo sem absolutamente nada revelar. Nada de obviedades. Diálogos precisos e bem trabalhados.

Philip Seymour Hoffman, para mim, mais uma vez indo muito, muito além… Indescritível.

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