quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Incrível como tudo flui. Não há nada como o tempo para modificar absolutamente tudo. Cada momento vivido nos transforma e deixamos de ser quem éramos há cinco minutos. Cada intensidade nos altera. Será que somos marionetes de algo maior que vai nos moldando a seu bel prazer? Ou somos apenas corpos em perpétua transformação? Ou almas em (r)evolução? Mas, o fato é: o que hoje me faz chorar, amanhã poderá me fazer rir. E é esta percepção alterada das coisas, de acordo com o que somos até então, que determina nossa vida. Por isto encaramos fatos iguais de formas tão diferentes uns dos outros. Assim sentimos: de acordo com o que somos constituídos. Somos fadados a sentir de acordo com o que acreditamos ser a verdade. Contudo, “tudo” não passa de “nossa” verdade. Assim, poderíamos dizer que seria fácil escolher no que acreditar e inventar sua própria verdade conduzido pelo que entendemos por felicidade. As easy as that: acredito nisto, para que minha vida seja aquilo. Mas, não! No ato da escolha já estaríamos contaminados por nós mesmos: “felicidade” seria o que criei por felicidade, ou seja: um grande engano. Qualquer tentativa fraudulenta seria engolida por nós mesmos, sem percebermos. Não há fraude na vida! Sentimos mesmo! Podemos passar a perna nos outros... mas, precisamos nos entender conosco mesmos no chuveiro, com o travesseiro, com a cerveja, com o espelho, nos sonhos (propriamente ditos),... e assim vai... E a gente segue o fluxo! Iludimo-nos ao crermos estar com a faca e o queijo na mão! Mas, é esta ilusão que nos mantém aqui... e é tão bom... tão bom... “I’d jump right on a big bird and then I’d fly” A roda continua a rodar. Nossas percepções vão se alterando... “deusa do acaso” que reina em todas as épocas. O fim é o princípio, o princípio é o fim...: movimento constante, ciclo eterno. O que determinamos? Nada. Tudo: o tudo criado. “’cause this fine old world, it keeps spinnin’ around”
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