MUSIC=AIR
"What are you my kin? You touch me like you are my kin
What are you my air? You affect me like you are my air"
sábado, 16 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Frida
Não sei dizer o tanto que admiro esta mulher. De onde foi tirada tanta força. Esta vida arrancada do fundo da dor. Como tanto sofrimento pôde se transformar em tanta criatividade? Tanta desesperança em esperança? Saber ironizar o próprio desespero é tarefa árdua. É como decorar o mundo a sua volta com o belo extraído da amargura e desgosto. Suas obras me contaminam. Contam-me dela. Sussurram ao meu ouvido sua angústia e aflição. Vida e força.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Incrível como tudo flui. Não há nada como o tempo para modificar absolutamente tudo. Cada momento vivido nos transforma e deixamos de ser quem éramos há cinco minutos. Cada intensidade nos altera. Será que somos marionetes de algo maior que vai nos moldando a seu bel prazer? Ou somos apenas corpos em perpétua transformação? Ou almas em (r)evolução? Mas, o fato é: o que hoje me faz chorar, amanhã poderá me fazer rir. E é esta percepção alterada das coisas, de acordo com o que somos até então, que determina nossa vida. Por isto encaramos fatos iguais de formas tão diferentes uns dos outros. Assim sentimos: de acordo com o que somos constituídos. Somos fadados a sentir de acordo com o que acreditamos ser a verdade. Contudo, “tudo” não passa de “nossa” verdade. Assim, poderíamos dizer que seria fácil escolher no que acreditar e inventar sua própria verdade conduzido pelo que entendemos por felicidade. As easy as that: acredito nisto, para que minha vida seja aquilo. Mas, não! No ato da escolha já estaríamos contaminados por nós mesmos: “felicidade” seria o que criei por felicidade, ou seja: um grande engano. Qualquer tentativa fraudulenta seria engolida por nós mesmos, sem percebermos. Não há fraude na vida! Sentimos mesmo! Podemos passar a perna nos outros... mas, precisamos nos entender conosco mesmos no chuveiro, com o travesseiro, com a cerveja, com o espelho, nos sonhos (propriamente ditos),... e assim vai... E a gente segue o fluxo! Iludimo-nos ao crermos estar com a faca e o queijo na mão! Mas, é esta ilusão que nos mantém aqui... e é tão bom... tão bom... “I’d jump right on a big bird and then I’d fly” A roda continua a rodar. Nossas percepções vão se alterando... “deusa do acaso” que reina em todas as épocas. O fim é o princípio, o princípio é o fim...: movimento constante, ciclo eterno. O que determinamos? Nada. Tudo: o tudo criado. “’cause this fine old world, it keeps spinnin’ around”
me faz bem...
me traz de volta pro meu mundo. este aqui: que é somente meu. durante alguns instantes não preciso de mais nada... nada. posso ouvir pra sempre... I just can't get enough... just can't.
Just Can't Get Enough
(Depeche Mode)
When Im with you baby, I go out of my head
And I just cant get enough, I just cant get enough
All the things you do to me and everything you said
And I just cant get enough, I just cant get enough
We slip and slide as we fall in love
And I just cant seem to get enough
We walk together, were walking down the street
And I just cant get enough, I just cant get enough
Every time I think of you I know we have to meet
And I just cant get enough, I just cant get enough
Its getting hotter, its our burning love
And I just cant seem to get enough
And when it rains, youre shining down for me
And I just cant get enough, I just cant get enough
Just like a rainbow you know you set me free
And I just cant get enough, I just cant get enough
Youre like an angel and you give me your love
And I just cant seem to get enough
Just Can't Get Enough
(Depeche Mode)
When Im with you baby, I go out of my head
And I just cant get enough, I just cant get enough
All the things you do to me and everything you said
And I just cant get enough, I just cant get enough
We slip and slide as we fall in love
And I just cant seem to get enough
We walk together, were walking down the street
And I just cant get enough, I just cant get enough
Every time I think of you I know we have to meet
And I just cant get enough, I just cant get enough
Its getting hotter, its our burning love
And I just cant seem to get enough
And when it rains, youre shining down for me
And I just cant get enough, I just cant get enough
Just like a rainbow you know you set me free
And I just cant get enough, I just cant get enough
Youre like an angel and you give me your love
And I just cant seem to get enough
Leveza
Tô tão bem... tão leve...
Amor
(João Apolinário e João Ricardo / Secos e Molhados)
Leve, como leve pluma
muito leve, leve pousa
muito leve, leve pousa
Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma
Sombra, silêncio ou espuma
nuvem azul que arrefece
Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
que em mim amadurece
Amor
(João Apolinário e João Ricardo / Secos e Molhados)
Leve, como leve pluma
muito leve, leve pousa
muito leve, leve pousa
Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma
Sombra, silêncio ou espuma
nuvem azul que arrefece
Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
que em mim amadurece
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Magnolia
Difícil dizer o que me acontece toda vez que reassisto Magnolia. Êxtase total. Três horas é pouco para tudo o que evoca em mim. Mais assisto, mais quero. Então reassisto, fingindo que não acabou. O desconforto atordoante e, ao mesmo tempo, purificador da primeira olhada já se transformou em algo “outro”, indizível. Cru e delicado. Intricado e simples. A profundidade de cada personagem é de uma imensa verdade que faz com que a alma do espectador transborde em encantamento. Humano demais: pecado, perdão, ambição, (des)amor, (des)encontro, vontade, inocência, perda, fracasso, (des)ilusão, (des)afeto, amizade, tristeza, agonia. Vamos desmontando o entrelaçamento de personagens. E entendendo. E sentindo. Vamos nos desmontando. E entendo. E sentindo.
Philip Seymour Hoffman: mais uma vez perfeito.
William Macy: mais uma vez quase tão perfeito quanto Philip Seymour Hoffman.
Nine Lives
Às vezes é difícil ter esperança... conseguir mudar algo. Às vezes existem correntes presas ao solo que não nos deixam mover. Pra alma feminina tudo pesa mais... tudo tem um sentido além. Certos homens acham isto controverso. Até entendo. Mas, não há como negar que somos diferentes. Se assim não fosse, as coisas teriam menos graça. Rodrigo García só poderia ser filho de quem é.
Minha vida está conectada à tua? É bem possível. Há quem pense que este filme segue a linha de Magnólia pelo entrelaçamento de personagens. Mas, penso que não. A intenção não é de interligar vidas para contar histórias que se completam. Aí penso entrar a jogada de cada história não ter cortes, em plano-seqüência. Assim é a vida: sem cortes. Não podemos nem tomar um fôlego num comercial. Por outro lado, de forma desconexa (como no filme), nos esbarramos em estranhos que podem afetar nossa vida (ou não). Então, não acho que seja superficial de forma alguma: o plano-seqüência teve sua “sutil” utilidade. A profundidade está em cada personagem. Desfechos tampouco são objetivos do filme. Todos temos nossos limites.
Nine Lives: o feminino e a fluidez da vida em momentos limítrofes.
Minha vida está conectada à tua? É bem possível. Há quem pense que este filme segue a linha de Magnólia pelo entrelaçamento de personagens. Mas, penso que não. A intenção não é de interligar vidas para contar histórias que se completam. Aí penso entrar a jogada de cada história não ter cortes, em plano-seqüência. Assim é a vida: sem cortes. Não podemos nem tomar um fôlego num comercial. Por outro lado, de forma desconexa (como no filme), nos esbarramos em estranhos que podem afetar nossa vida (ou não). Então, não acho que seja superficial de forma alguma: o plano-seqüência teve sua “sutil” utilidade. A profundidade está em cada personagem. Desfechos tampouco são objetivos do filme. Todos temos nossos limites.
Nine Lives: o feminino e a fluidez da vida em momentos limítrofes.
Céu
Sou feliz porque moram em mim tigres, gêmeos, virgens, caranguejos. Saturno me banha, Mercúrio me analisa e a Lua me salva. De mim mesma. Sou feliz porque não tiro nada de mim. Todos me constroem. Tigres que lutam com gêmeos que querem dominar com sua dupla vontade. Virgens que lambem caranguejos regidos pela lua. O palco está montado. Dentro de mim. Sou feliz porque deixo o sentimento de cada um deles vir. E ir. Vênus na décima casa não me deixa desistir. Sentimento. Os caranguejos passeiam por Marte com familiaridade. Eu já estive lá. Sentimento. Não tenho medo de sentir. Os que me habitam sabem. A Lua na terceira casa me faz pensar. Muito. Poesia. Verdade. Inventada. Escritos ali guardados. Guardo todos eles aqui dentro. Sou feliz por isto. Análise: minha defesa. Defendo-me de quem? Da platéia.
Passagem
momentos necessários pra entrar em contato com. nem tudo pode ser dito aqui. apenas um pedaço. que deixo escorregar. dias imensamente esclarecedores. tudo me toca. deixo tocar. adoro quando chove. eu estava chovendo. agora eu arco-íris. cores. afinal. quer um pincel?
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
mon vers
sábado, 2 de fevereiro de 2008
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