domingo, 5 de julho de 2009

Exupéry

“O amor pode ser, e frequentemente é, tão atemorizante quanto a morte. Só que ele encobre essa verdade com a comoção do desejo e excitamento. Faz sentido pensar na diferença entre amor e morte como na que existe entre atração e repulsa. Pensando bem, contudo, não se pode ter cereteza disso. As promessas do amor são, via de regra, menos ambíguas do que suas dádivas. Assim, a tentação de apaixonar-se é grande e poderosa, mas também a atração de escapar. E o fascínio da procura de uma rosa sem espinhos nunca está longe, e é sempre difícil de resistir.”
Bauman

Fico eu aqui me perguntando. Sempre haverá uma rosa com menos espinhos? (nas sem, eu não acredito) Mas, e a questão é justamente este “MAS”, será que aquela rosa terá os encantamentos necessários para fazer o alguém em questão reapaixonar-se a ponto de amar? E, no eterno questionamento de “será isto amor?”, muitos não são levados a nem conhecerem os encantamentos, sutilezas, magias e coisinhas queridinhas que trazem mais sentido à vida? É muito comum que se abra mão disso tudo no vislumbre de um caule mais liso. Ou ainda! Não querer que uma relação seja amor, lutar contra isso, para que possa se sentir à vontade em acariciar outras flores, saber de seus cheiros, de suas peculiaridades, mas não muito, também: não muito. Apenas o suficente que preencha a sua procura momentânea, já que amanhã poderá se deparar com alguém que redirecione a tal procura. Assim, ficamos o que mesmo? Ah, sozinhos. Livres!!!!! e sozinhos. (vazios? Quem sabe.) E não é que Exupéry tinha razão?

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