domingo, 13 de abril de 2008
Sim! A resposta é sim!
Estava aqui pensando… ou sentindo. É. Acho que agora sei sentir muito melhor. Depois desses meses que me atropelaram, que me levaram para o fundo (daquele poço?), onde pude encontrar aquela pessoa escondida dentro de mim: tão atordoada, tão triste, mas tão cheia de vida. Essa vida transbordante que me trouxe de volta à superfície. Agora olho pro fundo e vejo, não o meu reflexo, mas o reflexo de quem fui. De quem fui e, ao mesmo tempo, me constituiu. Não sou mais a mesma. Não por força de chavão, mas por força de vida. Claro que sempre deixamos de ser quem éramos ontem, mas aqui, aqui em mim, é mais do que isto. Não consegui fugir de mim mesma. Quis. Mas, decidi que não: que era preciso sentir. Aprendi a sentir o que não queria. Aprendi que sou muito além do que imaginava. Conectei com quem? Segredo. Estou nova. Sou nova. Outra? Não. Não haveria aprendizagem. Nova. E pronta, L! Leveza. Clareza. Fluidez. Algo inominável me invade. Ou teria nome? Prá quem? Por quê? Talvez tenha. Mas, não me importa. Aprendi a sentir. E agora estou aqui: ao lado do poço, vislumbrando a possibilidade de beber da água mais pura. Poço. Não apenas vejo: enxergo. Estou aqui. Inteira. Posso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Puxa vida... teu comentário também atordoa... "Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa..." Minha lição mais preciosa: algumas coisas não deviam nunca começar, mas começando, não deviam nunca terminar. Não sou tão inteligente nem tão capaz, nem tão sensível para olhar para o poço... Dia sim, dia não, eu vou me blindando do jeito que dá, até o dia que a blindagem não seja mais suficiente... mas não vou deixar esse dia chegar. Ficar sem proteção dói.
Postar um comentário