quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Meu Nome Não é Johnny

Ontem fui assistir Meu Nome Não é Johnny.
O filme nos leva da sanidade à loucura no percurso impulsionado pelas drogas. O que não me saiu da cabeça é como as coisas vão se desenrolando em nossa vida. Claro, que no caso de João Guilherme chega a extremos, mas me refiro à nossa perda de rédeas. Vamos com o fluxo. Entendo que tudo é conseqüência de cada pequeno e grande ato. Mas, a grande maioria de nós passa por poucos momentos de questionamento do porquê termos chegado a determinado ponto. As pinceladas de infância soltas sobre a tela que retrata um agora-traficante que me levou a esta interrogação. Até onde o fluxo nos leva ao lugar desejado? Em que momento perdemos a noção de nosso real desejo? Em que momento nos desencontramos de nós mesmos? Olhamos no espelho e não reconhecemos quem está lá. Mas, há como voltarmos. "O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos ...” (Marguerite Yourcenar) Tão bom ser convidado a nascer... e mais! Ouvir o convite com certa freqüência nos faz ver as intensidades... e senti-las! Não quero com isto pregar qualquer (falso) moralismo. Quero ir para além da questão das drogas (muito além) e tocar em nossos pontos fracos. Nos pontos escondidos. Tentar fazer com que “vontades” esquecidas passem a emergir de onde estão escondidas.
(não queria que isto soasse como clichê... rs...)
Bom, ainda preciso dizer que ver o Selton Mello cantando Roberto Carlos à la Wander Wildner pra sua amada me deixou mais do que nas nuvens!!!! Aaahhhhhhhh o que foi aquilo???!!!! Depois as gôndolas em Veneza...
Quanto a ser a história de um cara de classe-média que virou traficante, isso vocês podem ler em algum site por aí...

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