Estava aqui "tccendo" e encontrei um pouco da explicação do que sinto quando escrevo!!! Que bom!! Há mais gente deste lado!!
“O que a literatura produz na língua já aparece melhor: como diz Proust, ela traça aí precisamente uma espécie de língua estrangeira, que não é uma outra língua, nem um dialeto regional descoberto, mas um devir-outro da língua, uma minoração dessa língua maior, um delírio que a arrasta, uma linha de FEITIÇARIA QUE FOGE AO SISTEMA DOMINANTE. (...) Assim, a literatura apresenta já dois aspectos, quando opera uma decomposição ou uma destruição da língua materna, mas também quando opera a invenção de uma nova língua no interior da língua mediante a criação da sintaxe. ‘A única maneira de defender a língua é atacá-la... cada escritor é obrigado a fabricar para si sua língua...’”
Deleuze
volto pro tcc
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Meu Nome Não é Johnny
Ontem fui assistir Meu Nome Não é Johnny.
O filme nos leva da sanidade à loucura no percurso impulsionado pelas drogas. O que não me saiu da cabeça é como as coisas vão se desenrolando em nossa vida. Claro, que no caso de João Guilherme chega a extremos, mas me refiro à nossa perda de rédeas. Vamos com o fluxo. Entendo que tudo é conseqüência de cada pequeno e grande ato. Mas, a grande maioria de nós passa por poucos momentos de questionamento do porquê termos chegado a determinado ponto. As pinceladas de infância soltas sobre a tela que retrata um agora-traficante que me levou a esta interrogação. Até onde o fluxo nos leva ao lugar desejado? Em que momento perdemos a noção de nosso real desejo? Em que momento nos desencontramos de nós mesmos? Olhamos no espelho e não reconhecemos quem está lá. Mas, há como voltarmos. "O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos ...” (Marguerite Yourcenar) Tão bom ser convidado a nascer... e mais! Ouvir o convite com certa freqüência nos faz ver as intensidades... e senti-las! Não quero com isto pregar qualquer (falso) moralismo. Quero ir para além da questão das drogas (muito além) e tocar em nossos pontos fracos. Nos pontos escondidos. Tentar fazer com que “vontades” esquecidas passem a emergir de onde estão escondidas.
(não queria que isto soasse como clichê... rs...)
Bom, ainda preciso dizer que ver o Selton Mello cantando Roberto Carlos à la Wander Wildner pra sua amada me deixou mais do que nas nuvens!!!! Aaahhhhhhhh o que foi aquilo???!!!! Depois as gôndolas em Veneza...
Quanto a ser a história de um cara de classe-média que virou traficante, isso vocês podem ler em algum site por aí...
O filme nos leva da sanidade à loucura no percurso impulsionado pelas drogas. O que não me saiu da cabeça é como as coisas vão se desenrolando em nossa vida. Claro, que no caso de João Guilherme chega a extremos, mas me refiro à nossa perda de rédeas. Vamos com o fluxo. Entendo que tudo é conseqüência de cada pequeno e grande ato. Mas, a grande maioria de nós passa por poucos momentos de questionamento do porquê termos chegado a determinado ponto. As pinceladas de infância soltas sobre a tela que retrata um agora-traficante que me levou a esta interrogação. Até onde o fluxo nos leva ao lugar desejado? Em que momento perdemos a noção de nosso real desejo? Em que momento nos desencontramos de nós mesmos? Olhamos no espelho e não reconhecemos quem está lá. Mas, há como voltarmos. "O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos ...” (Marguerite Yourcenar) Tão bom ser convidado a nascer... e mais! Ouvir o convite com certa freqüência nos faz ver as intensidades... e senti-las! Não quero com isto pregar qualquer (falso) moralismo. Quero ir para além da questão das drogas (muito além) e tocar em nossos pontos fracos. Nos pontos escondidos. Tentar fazer com que “vontades” esquecidas passem a emergir de onde estão escondidas.
(não queria que isto soasse como clichê... rs...)
Bom, ainda preciso dizer que ver o Selton Mello cantando Roberto Carlos à la Wander Wildner pra sua amada me deixou mais do que nas nuvens!!!! Aaahhhhhhhh o que foi aquilo???!!!! Depois as gôndolas em Veneza...
Quanto a ser a história de um cara de classe-média que virou traficante, isso vocês podem ler em algum site por aí...
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Stranger Than Fiction
Just to find her!!!!!!!!!!!!!!!!"
impossível não dançar...
O que dizer? Maravilhoso! Roteiro extraordinário! Além de expor de modo sensível a crise vivida pela escritora, seus questionamentos, anseios, tristezas, agonia, desgosto e procura por sua verdade, conta a história de Harold. Quantos Harolds por aí... do seu encontro com sua criadora surge o encontro com ele mesmo. Se bem olhado (...), depois de ver Stranger Than Fiction deixamos de nos deixar embalar pelo tic-tac e nos jogamos no que há de música na nossa vida. Poesia pura. Fantasticamente real.
amo esta cena!!!!!!!!!!!!!!!!!
(I'd Go The) Whole Wide World
When I was a young boy
My mama said to me
There’s only one girl in the world for you
And she probably lives in Tahiti
I’d go the whole wide world
I’d go the whole wide world
Just to find her
Or maybe she’s in the Bahamas
Where the Carribean sea is blue
Weeping in a tropical moonlit night
Because nobody’s told her ’bout you
I’d go the whole wide world
I’d go the whole wide world
Just to find her
I’d go the whole wide world
I’d go the whole wide world
Why am I hanging around in the rain out here
Trying to pick up a girl
Why are my eyes filling up with these lonely tears
When there’re girls all over the world
Is she lying on a tropical beach somewhere
Underneath the tropical sun
Pining away in a heatwave there
Hoping that I won’t be long
I should be lying on that sun-soaked beach with her
Caressing her warm brown skin
And then in a year or maybe not quite
We’ll be sharing the same next of kin
I’d go the whole wide world
I’d go the whole wide world
Just to find her
I’d go the whole wide world
I’d go the whole wide world
Find out where they hide her
words and music Eric Goulden / Wreckless Eric
I’d go the whole wide world
Find out where they hide her
words and music Eric Goulden / Wreckless Eric
HELP
HELP
“Porque há o direito ao grito. então eu grito.” Clarice Lispector
Quarto desarrumado dia nublado eu mais leve clarice lispector lê para mim eu queria uma rede o tempo atropela
Arrumo o quarto pinto o dia levo comigo clarice lispector para além rede de desejos atropelo o tempo
......................................................................................
tempo
......................................................................................
e esta música que tem sido de fundo dos meus dias...
The Cure - In Between Days
yesterday i got so old
i felt like i could die
yesterday i got so old
it made me want to cry
go on go on
just walk away
go on go on
your choice is made
go on go on
and disappear
go on go on
away from here
and i know i was wrong
when i said it was true
that it couldn't be me and be her
inbetween without you
without you
yesterday i got so scared
i shivered like a child
yesterday away from you
it froze me deep inside
come back come back
don't walk away
come back come back
come back today
come back come back
why can't you see?
come back come back
come back to me
and i know i was wrong
when i said it was true
that it couldn't be me and be her
inbetween without you
without you
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Invasão de Domicílio (Breaking and Entering)
Juliette Binoche está maravilhosa (as usual). Contudo, a realidade que nos prende no decorrer do filme pode se transformar em uma visão romântica que nos alivia ao final. Alívio? Qual seu objetivo? Não falávamos de realidade? Eu queria mais dela. Vale à pena ver, mas a frustração me pegou no final.
Preciso assistir: Morte no Funeral (Death at the Funeral): Arie Posin.
Logo!!!!!!
Preciso assistir: Morte no Funeral (Death at the Funeral): Arie Posin.
Logo!!!!!!
Más companhias (The Chumscrubber)
Imperdível. Direção fantástica. Bofetada na cara do estilo de vida “sorria-para-seu-espelho-todo-dia-pela-manhã-norte-americano”. Mediocridade de personalidades sustentada em ideais rasos é revelada por atores que não deixam a desejar. A profundidade da alma humana tentando vir à tona da maneira mais torta em um adolescente perdido convida a um olhar menos preconceituoso e mais terno em contraposição a juízos de valor impostos por uma sociedade hipócrita. Quem admira os americanos e o que eles representam não deve assistir. Eu? Vou assistir novamente!
PARTO (lucy in the sky with diamonds)
ah... agora me sinto mais confortável! Precisava de espaço para a minha mente, que gritava tentando sair pelas fendas criadas pela pressão.
Fazia tempo... finalmente me rendi.
Lucy in the Sky with Diamonds
Aqui estou. Mas, não tudo de mim. Talvez minha sombra.
Semi-realidade. Criação do que se quer (e pode) mostrar. Há muito mais.
Deu-se o parto. O bebê é aquariano. As coisas do ar insistem em me perseguir.
Ar! Tem mais ar por aqui. É. Confortável. Por enquanto. Ar é necessário para o fogo.
Elemento muito quisto nestes últimos dias. Por mim. Já falei que tenho pouca terra no meu mapa? Pois tenho. Muito ar, bastante água, algum fogo e quase nada de terra.
E deu-se o parto. 28 de janeiro de 2008. Por volta das 21:17.
Continuar? Não sei... vamos ver.
Preciso fazer meu tcc. Preciso pensar menos.
Parto.
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