Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
so sweet... so real...
"The Flowers"
The flowers you gave me are rotting and still I refuse to throw them away.
Some of the bulbs never opened quite fully
They might so i'm waiting and staying awake.
Things I have loved i'm allowed to keep
I'll never know if I go to sleep.
The papers around me are piling and twisting regina the paper back mummy
what then.
I'm taking the knife to the books that I own and chopping and chopping and boiling soup from stone.
Things I have loved i'm allowed to keep.
I'll never know if I go to sleep.
Things I have loved i'm allowed to keep.
I'll never know if I go to sleep.
Assinar:
Postagens (Atom)